Perante os Sonhos
André Luiz
Encarar com naturalidade os sonhos que possam surgir
durante o descanso físico, sem preocupar-se aflitivamente com quaisquer fatos
ou ideias que se reportem a eles.
Há mais sonhos na vigília que no sono natural.
Extrair sempre objetivos edificantes desse ou daquele
painel entrevisto em sonho.
Em tudo há sempre uma lição.
Repudiar as interpretações supersticiosas que pretendam
correlacionar os sonhos com jogos de azar e acontecimentos mundanos, gastando
preciosos recursos e oportunidades da existência em preocupação viciosa e fútil.
Objetivos elevados, tempo aproveitado.
Acautelar-se
quanto às comunicações inter vivos, no sonho vulgar, pois, conquanto o fenômeno
seja real, a sua autenticidade é bastante rara.
O Espírito encarnado é tanto mais livre no corpo denso,
quanto mais escrevo se mostre aos deveres que a vida lhe preceitua.
Não se prender
demasiadamente aos sonhos de que recorde ou às narrativas oníricas de que se
faça ouvinte, para não descer ao terreno baldio da extravagância.
A lógica e o bom senso devem presidir todo raciocínio.
Preparar um sono tranquilo pela consciência pacifica nas
boas obras, acendendo a luz da oração, antes de entregar-se ao repouso normal.
A inércia do corpo não é calma para o Espírito
aprisionado à tensão.
Admitir os diversos tipos de sonhos, sabendo, porém, que
a grande maioria deles se originam de reflexos psicológicos ou de
transformações relativas ao próprio campo orgânico.
O Espírito encarnado e o corpo que o serve respiram em
regime de reciprocidade no reino das vibrações.
(Imagem Internet)
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