quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Em Viagem

                                                                         Emmanuel

A existência terrestre é uma viagem educativa. Começa na meninice, avança pelos caminhos claros da plenitude e altera-se na noite da enfermidade ou da velhice, para renovar-se, além da morte...                                                                          
 Repara, pois, repara, pois, como tu ergues.   Não te agarres aos bens materiais, se não no estritamente necessário  para que te faças valioso irmão no concurso aos companheiros  de jornada e útil a ti mesmo.    Há muitos viajores que sucumbem na caminhada sob pesados madeiros de ouro a que se jungem, desvairados. Não reclames devotamento afetivo do próximo e, sim, ama e ajuda a todos ao que se aproximem de ti, para que o teu amor não desça do Alto aos tenebrosos despenhadeiros do exclusivismo. Muitos peregrinos enlouquecem o coração no mel envenenado das afeições doentias e demoram-se longos séculos  na corrente viscosa do charco.                                                                     
  Não prossigas viagem guardando ressentimento, para que não aconteça te  prendas impensadamente aos labirintos do ódio.   Muitos viajantes, a pretexto de fazerem justiça, tombam insensatos em escuras armadilhas da crueldade e da intriga, da calunia e da maledicência, com incalculáveis prejuízos no tempo.   Recorda que iniciaste a execução terrestre sem qualquer patrimônio e encontraste carinhosos braços de mãe que te embalaram, amparando-te em, no me do Eterno:  Lembra-te de que nada possuis, à frente do Pai Celestial, senão tua própria alma e, por isso mesmo, só em tua alma amealharás os tesouros que a ferrugem não consome e que as traças não roem.     Prazer e dor, simplicidade e complexidade, escassez e abastança beleza da forma ou tortura da carne, são simplesmente lições.   O caminho do mundo que atravessas cada dia.   Teus afetos mais doces são companheiros com tarefas diferentes das tuas:   Segue sem imposição, sem preguiça, sem queixa e sem exigência...   O corpo é o teu veiculo santo.  
 Não lhe conspurques a harmonia.                                                                     
 A experiência é tua instrutora.   
 Não lhe menospreze o ensinamento.                                                                
  O próximo de qualquer procedência é teu irmão.
Não o abandones.   
 O tempo é o empréstimo divino que recebeste do Céu, para a edificante peregrinação.   
 Valoriza-o com o teu aprimoramento no amor e na sabedoria.   
                                                                             E, aceitando Jesus por Mestre, em teus passos de cada hora, guarda a certeza de que, em breve, atingirás a alegria do sublime retorno ao nosso Divino lar.
  a noite de 20/07/53, em Pedro Leopoldo).



(imagem Internet)

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